Fotometria de massa: Visão estrutural da ubiquitinação pela CRL2FEM1B

Este estudo investigou o papel e o mecanismo de funcionamento das proteínas da família Cullin-RING E3 ubiquitin ligase (CRL) em vários processos biológicos e doenças, incluindo câncer e doença de Alzheimer. As CRLs são conhecidas por desempenhar funções essenciais na regulação da degradação de proteínas celulares por meio da ubiquitinação, um processo importante para o controle da estabilidade e da função das proteínas dentro da célula.

Uma característica chave das CRLs é sua capacidade de oligomerizar, ou seja, formar complexos compostos por múltiplas unidades da proteína. A oligomerização tem sido reconhecida como fundamental para regular as atividades das CRLs. No entanto, os detalhes estruturais que governam esse processo de oligomerização e sua regulação ainda não foram completamente elucidados.

O estudo em questão utilizou criomicroscopia eletrônica (cryo-EM) para obter estruturas tridimensionais das CRLs em diferentes estados de modificação e em complexo com diferentes proteínas associadas. Além disso, a fotometria de massa foi empregada para analisar as interações proteína-proteína e identificar as modificações específicas das proteínas em estudo. Especificamente, o estudo se concentrou na proteína CRL2FEM1B, examinando-a em seu estado desnedenilado (sem uma modificação específica chamada de NEDD8), estado neddenilado em complexo com a proteína BEX2 e estado neddenilado em complexo com as proteínas FNIP1/FLCN.

As análises revelaram que a dimerização assimétrica da CRL2FEM1B é crucial para a ubiquitinação de certas proteínas, como BEX2, enquanto outras proteínas, como FNIP1/FLCN, são ubiquitinadas por unidades monoméricas da CRL2FEM1B. Este resultado sugere que diferentes substratos podem interagir de maneira distinta com as estruturas oligoméricas das CRLs, e que a formação de complexos oligoméricos pode modular a atividade das CRLs em resposta aos diferentes substratos.

Em suma, este estudo fornece novos insights sobre a regulação da atividade das CRLs e sua capacidade de interagir com diferentes substratos em níveis moleculares, destacando o valor da fotometria de massa para compreender as modificações protéicas e suas implicações funcionais. Essas descobertas podem ter implicações significativas para o entendimento de processos biológicos e para o desenvolvimento de terapias direcionadas a doenças associadas a disfunções na via da ubiquitinação.

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